Falar sem dizer e dizer sem falar
Há sempre alguma coisa a dizer, nem que seja o silêncio. Porque o silêncio também fala. E em geral, diz mais do que aquilo que pensamos ouvir.
Não bastava a semiótica, lá veio agora também o Habermas chamado ao barulho, bem como a restante bibliografia de Sociologia da Comunicação. Oh, como eu estava enganada quando no primeiro post pensava que nunca mais ia ouvir falar de tais coisas!
O que vocês não sabem é que este Habermas é intercalado por comentários sobre a Camila, a Diana e o Príncipe Carlos, ou sobre determinados cantores italianos que eu julgo que sejam pimba... Acrescentando que o horário deste Habermas também não é das 5 às 8 da noite de 6ª feira, logo se destaca como consideravlmente mais interessante que o outro da FCSH!
Muito interessante também é o modo como a Professora de Publicidade (nhééécas)soletra as palavras em inglês: Peruggia,Livorno, Arezzo, Napoli due volte, Empoli, Roma. Imaginem qual não foi a minha cara de estupefacção da primeira vez que ouvi este recital tipo voz off de comboio a enumerar as estações. Fui forçada a perguntar à colega do lado o que é que se estava a passar e só então percebi que ela estava a dizer como se escrevia "planner".
Hoje também fiz uma pergunta, mas foi na aula de cinema. Perguntei o que queria dizer "prelievo", e o senhor, que fala como um livro técnico de cinema, disse, para meu grande espanto, que era uma pergunta inteligente e que no entanto ainda ninguém a tinha feito. Não fiquei 100% esclarecida quanto ao significado de "prelievo" mas preferi não perguntar uma segunda vez porque achei que isso já não seria encarado como "inteligente"...
Hoje escrevi pouco e disse ainda menos não foi?
A verdade é que não tenho nada para dizer...e ao mesmo tempo isso diz muito!(Mais do que aquilo que pensam estar a ler)........
Legenda: schhhhhhhhhh
Comentários
Desculpa se por vezes levámos as nossas crenças religiosas longe demais.