Querida Margarida,
Na semana passada pensei mandar-te uma mensagem, mas em vez disso escrevo-te este post, que assim os caracteres são ilimitados e gratuitos.
Lembraste daquela parte do espectáculo de dança chamada “Os Giros”, em que as bailarinas ficavam 10 minutos a andara à volta de si mesmas? Claro que te lembras, qualquer pessoa que tenha estado presente recorda esses dez minutos de náusea que pareceram meia hora de enjoo.
Pois cara amiga, tenho-te a comunicar que iniciei o aprendizado da técnica dos giros! Sim, porque eu agora já estou no nível intermédio. Descobri na primeira aula, quando estranhei todas as minhas colegas terem desisitido e eu não conhecer ninguém. Era mesmo estranho. Até que a professora se virou para trás e me disse “Oh Alexandra mas tu não és desta aula, esta é para as iniciadas”- ok, isso explicou porque é que eu era a única que sabia fazer 1 shimi e porque é que estávamos há 10 minutos a fazer o mesmo movimento básio de rodagem da anca.
Mas então, passei a frequentar o horário correspondente ao meu nível e diz a minha tutora que, dentro em breve, também eu estarei apta a dar voltas sobre mim própria durante 10 minutos inteirinhos. Não é fantástico? Imagina a diferenciação para o meu currículo quando eu acrescentar ao “extra-curricular”: Capacidade de, durante 10 minutos completos e sem paragens, girar sobre si própria como um compasso, num movimento único que representa a união entre o céu e a terra.”
Vão chover propostas! Mas até lá ainda há muito que praticar. Por agora atinjo apenas 3 minutos. Afinal o “truque” não inibe a tontura, é mesmo uma questão de habituação a ver tudo a girar a 100 a hora, embora tu na realidade estejas a rodar tão velozmente como um hipopótamo com sono. Mas é isso que torna os giros verdadeiramente emocionantes para quem os faz: ao mesmo tempo que te sentes a levantar voo, desafias o equilíbrio até ao limite, ou pelo menos até não seres a primeira a cair para o lado.
A intercalar os giros (e quero sublinhar que estou mesmo entusiasmada com os giros) temos o passo da nova coreografia, típico dos rituais de escolha de marido de algum deserto do Norte de África, e que, consequentemente, transporta consigo o seguinte significado “Olha, olha como eu sou tão fértil”! Achas que isto também dá para enquadrar no currículo?
Espero que esteja tudo trés bien avec toi e aguardo, ansiosa, por novidades de Paris.
P.s – Quanto aos desaires com máquinas fotográficas não te lastimes, sucede a todos. Na minha por exemplo, entrou areia dentro da lente e agora nunca mais vou poder dizer que tenho uma máquina cor de rosa do Paraguai. E assim se esvai todo o “status” das minhas fotos, que voltarão a ser capturadas com uma qualquer máquina comprada na economia não paralela do mercado europeu.
Lembraste daquela parte do espectáculo de dança chamada “Os Giros”, em que as bailarinas ficavam 10 minutos a andara à volta de si mesmas? Claro que te lembras, qualquer pessoa que tenha estado presente recorda esses dez minutos de náusea que pareceram meia hora de enjoo.
Pois cara amiga, tenho-te a comunicar que iniciei o aprendizado da técnica dos giros! Sim, porque eu agora já estou no nível intermédio. Descobri na primeira aula, quando estranhei todas as minhas colegas terem desisitido e eu não conhecer ninguém. Era mesmo estranho. Até que a professora se virou para trás e me disse “Oh Alexandra mas tu não és desta aula, esta é para as iniciadas”- ok, isso explicou porque é que eu era a única que sabia fazer 1 shimi e porque é que estávamos há 10 minutos a fazer o mesmo movimento básio de rodagem da anca.
Mas então, passei a frequentar o horário correspondente ao meu nível e diz a minha tutora que, dentro em breve, também eu estarei apta a dar voltas sobre mim própria durante 10 minutos inteirinhos. Não é fantástico? Imagina a diferenciação para o meu currículo quando eu acrescentar ao “extra-curricular”: Capacidade de, durante 10 minutos completos e sem paragens, girar sobre si própria como um compasso, num movimento único que representa a união entre o céu e a terra.”
Vão chover propostas! Mas até lá ainda há muito que praticar. Por agora atinjo apenas 3 minutos. Afinal o “truque” não inibe a tontura, é mesmo uma questão de habituação a ver tudo a girar a 100 a hora, embora tu na realidade estejas a rodar tão velozmente como um hipopótamo com sono. Mas é isso que torna os giros verdadeiramente emocionantes para quem os faz: ao mesmo tempo que te sentes a levantar voo, desafias o equilíbrio até ao limite, ou pelo menos até não seres a primeira a cair para o lado.
A intercalar os giros (e quero sublinhar que estou mesmo entusiasmada com os giros) temos o passo da nova coreografia, típico dos rituais de escolha de marido de algum deserto do Norte de África, e que, consequentemente, transporta consigo o seguinte significado “Olha, olha como eu sou tão fértil”! Achas que isto também dá para enquadrar no currículo?
Espero que esteja tudo trés bien avec toi e aguardo, ansiosa, por novidades de Paris.
P.s – Quanto aos desaires com máquinas fotográficas não te lastimes, sucede a todos. Na minha por exemplo, entrou areia dentro da lente e agora nunca mais vou poder dizer que tenho uma máquina cor de rosa do Paraguai. E assim se esvai todo o “status” das minhas fotos, que voltarão a ser capturadas com uma qualquer máquina comprada na economia não paralela do mercado europeu.
Comentários
ai dona Ana, dona Ana!
Quanto aos giros, ficam bem em qualquer discoteca! Aliás... podem substituir o alcool, não?