A Menina Insuportável

Ontem falei do Principezinho. O que, perplexamente, remeteu os meus pensamentos para “A menina insuportável”, da qual vou falar hoje. “A menina insuportável” começou por ser um livro, que alguém ofereceu à minha irmã. Podendo ser interpretado como presumível indirecta, possível subtileza, cabe-me a mim desmistificar a questão: tirando as birras para comer, a fragrância a estrebaria com que impregnava o carro e a casa cada vez que voltava da equitação, o facto de já estar a dizer “foi a mana” quando a minha mãe ainda nem tinha terminado de perguntar “O que é que se passa?” em tom ameaçador, e de ter partido uma boneca de loiça de que eu gostava muito na minha cabeça, a minha irmã era e é, bastante suportável. E qualquer livro, sobretudo naquela idade, correspondia a oferecer um par de luvas a um peixe dos trópicos. Portanto, quem o leu fui eu. E durante uma boa meia dúzia de anos, entre pessoas com quem simpatizei mais, menos ou de todo nada, nunca encontrei nenhuma menina insuportáve