Lo que la natura no da Salamanca no lo presta.

Quer isto dizer que quem nasceu com escassa capacidade cognitiva não vai singrar na Coimbra de Espanha. É mentira. Em Salamanca o que é preciso é espírito de sacrifício para sair a cada noite da semana e bom cálculo mental para aguentar o ritmo. Ser apreciador de pinchos ajuda a comer bem e barato (e com a mão). Garfo e faca são luxúria. Não se esqueça do guarda-chuva mesmo se estiverem 30 graus porque, já avisava o senhor Luís, o mundo é feito de mudanças. E as trombas de água caem mesmo do céu, normalmente, quando menos se espera. O primeiro impacto nas lojas de souvenirs pode ser assombroso: estão todas recheadas de caveiras com rãs no cocuruto ósseo. Não, não é nenhum candomblé satírico nem nenhum golpe de marketing avant gard. É uma referencia ao principal monumento da cidade. Enquanto em Portugal andavam a pôr esferas anilares e conchinhas nos Jerónimos, em Salamanca acharam que ficava bem enfiar uma caveira com uma rã na cabeça no meio da fachada da catedral. Mas acho que n