um atrás do outro...
“O país inteiro está com vocês” repetia um dos comentadores da Rádio Globo, naquele tom emotivo e eloquente que só os locutores brasileiros têm. Contam cada passe como se fosse um golo.
E de repente contaram um golo!
Primeiro ouvi as pessoas gritarem no bar, porque os golos da rádio chegam muito depois que os da televisão. Sorri. O bar estava cheio de brasileiros, a qualquer momento seria golo do Brasil na rádio também. Mas então porque é que a bola estava do lado da baliza do Julio César? Desci correndo. Pois é, a Holanda tinha acabado de empatar. E mal o comentador acabou de dizer que o golo não significava nada a não ser a prorrogação, aqueles mesmos gritos voltaram a ouvir-se. O Brasil, a canarinha, o pentacampeão, estava a perder. E a partir de aí a equipe também se perdeu. Perderam-se num nervosismo ululante, num ne savoir pas faire irritante, como se fossem principiantes. O país inteiro e os milhares de brasileiros espalhados pelo mundo sofriam. Eu ouvia a rádio tortuosamente, sabendo que enquanto não viessem os outros gritos, os dos brasileiros, o comentador não me poderia anunciar um golo. E esses gritos nunca chegaram.
Aquele apito indesejado derreteu um par de lágrimas pelas minhas pestanas. É estranho porque quando Portugal perdeu eu não chorei. Só que quando Portugal perdeu eu ainda tinha o Brasil.
Agora estou, oficialmente, fora do Mundial.
E claro que isso não é o fim do mundo. Mas é triste...
E de repente contaram um golo!
Primeiro ouvi as pessoas gritarem no bar, porque os golos da rádio chegam muito depois que os da televisão. Sorri. O bar estava cheio de brasileiros, a qualquer momento seria golo do Brasil na rádio também. Mas então porque é que a bola estava do lado da baliza do Julio César? Desci correndo. Pois é, a Holanda tinha acabado de empatar. E mal o comentador acabou de dizer que o golo não significava nada a não ser a prorrogação, aqueles mesmos gritos voltaram a ouvir-se. O Brasil, a canarinha, o pentacampeão, estava a perder. E a partir de aí a equipe também se perdeu. Perderam-se num nervosismo ululante, num ne savoir pas faire irritante, como se fossem principiantes. O país inteiro e os milhares de brasileiros espalhados pelo mundo sofriam. Eu ouvia a rádio tortuosamente, sabendo que enquanto não viessem os outros gritos, os dos brasileiros, o comentador não me poderia anunciar um golo. E esses gritos nunca chegaram.
Aquele apito indesejado derreteu um par de lágrimas pelas minhas pestanas. É estranho porque quando Portugal perdeu eu não chorei. Só que quando Portugal perdeu eu ainda tinha o Brasil.
Agora estou, oficialmente, fora do Mundial.
E claro que isso não é o fim do mundo. Mas é triste...
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os ibéricos vão ganhar a taça!