Vª. Exª.
Ninguém gosta de receber cartas das Finanças. Só pode ser mau augúrio. Agora imagine-se receber uma carta do ministério das finanças de Portugal quando se está legalmente registado e a pagar impostos em Espanha. Pior, quando as únicas pessoas que sabem a nossa nova morada em Barcelona são os nossos pais. Será que as finanças têm serviços de espionagem? Algum co-branding com a CIA? E, assim sendo, porque se dariam ao trabalho de investigar a minha nova morada? Eu, uma imigrante mais nos 27.000 que pululam por Barceolna. Ahhh! Será que inventaram algum imposto do imigrante? Ou multa por abandono da pátria não declarado? Enfim, todas os medos se dissiparam quando abri a carta, a qual se referia à minha pessoa como Vª Exª, o que me tranquilizou bastante. Na ordem da boa sintaxe e coerência textual, a seguir a Vª Exª não poder vir nada como “é procurado pelas autoridades por imigração ilícita e dívida para com o Estado Português”. E de facto não vinha. A Vª Exª procedem 5 linhas com nomes