Recaída

Naquele instante de precisão, faltou previsão. O de repente não deu tempo. Uma imagem, mil lembranças em torrente.
As nuvens ao fundo, trazem o vestido branco com manchas negras das poças que saltitávamos. Lembram a chuva na janela daquele quarto que albergou mais felicidades do que roupa nos armários. Lembram um frio gostoso, derretido na Tea House. Era assim que se chamava?
A torre do relógio, altiva e esguia, destaca como uma top model. As suas badaladas marcam as noites que passámos diante dela ,esquivando o sono com uma garrafa na mão, e as tardes que adormecemos ao sol.
O pensamento corre pelos caminhos misteriosos de pedras encantadas, de tantos séculos de passadas, com argolas de ferro na parede, para os cavalos.
Repousa no parque, vê ao longe os montes verdejantes e a Universidade, antigo Hospital Psiquiátrico.
É uma loucura.
Todas as casas têm a mesma cor.
Parece um quadro renascentista. Só que o ar é feito de gargalhadas, aventuras e desventuras. E cheira a gelad