Felicidade extrema*

“IMPRESSIONANTE.” Desfez-se a lividez da tez. Evaporou-se o suor frio nas mãos. E o coração lançou-se sem perder o compasso das pulsações. Só sobrou um sorriso rasgado de lado a lado. Quando viu o céu deixou de pensar. É normal. A 4km do chão. Tocou as nuvens, voo como um super-herói mas com mais coragem, por ser humano por natureza. Podia tudo isto ser um golpe de amor à primeira vista, um ataque de paixão assolapada. Por sorte, foi só um salto de paraquedas oferecido pela namorada. Que desde o menos etéreo o procurava incessantemente com a câmara içada ao infinito. “É o paraquedas azul com uma risca amarela”. Obrigadinho ó amigo. Essa informação tinha dado imenso jeito se não houvesse 20 paraquedas às cores a explodir no céu, impedindo a distinção certeira entre o amarelo e o verde fluorescente. Vai daí estive durante 2 minutos a filmar alguém que não era ele. Não que se note. Porque quando alguém está a aterrar depois de ter saltado de um avião