The impossible
A história é real. E todos nos lembramos de ter visto as
notícias na televisão. O pessoal detrás das câmaras é espanhol, mais que isso,
o director é catalão. A première foi em Madrid. E para também ter audiência nos
EUA, a Naomi Watts é protagonista.
Criou-se pois todo um reboliço de publicidade e extasiante
antecipação do “Impossível”, suponho que esse seja o título em Portugal.
Via-se o tsunami a chegar à costa, via-se a mão da Naomi a
submergir das águas devastadas numa busca desesperada pelos seus filhos. Via-se
o filme todo só com o trailer, ainda assim, tivemos que ir vê-lo ao cinema.
Fui eu, o namorado, a Little miss Schutz e o amigo. E muito mais gente, porque a sala estava
cheia. Ela, o amigo e eu chorámos que nem 3 Madalenas. Não entrava neste estado
de cheias lacrimais desde o Armagedom. Digo-vos já que é pior que o próprio do Titanic,
porque o casting de actores escolheu as criancinhas mais fofas e mais lindas e
mais irresistíveis para serem apanhadas no meio do tsunami. Chorava só de
olhar para eles. Cogitei sair da sala para ir-me assoar. Mas não queria
perder pitada. O ecrã hipnotizava-me. O filme é forte e bastante espectacular. Envolvemo-nos naquela história como se fosse a nossa, como se aquelas
criancinhas fossem os nossos filhos, ou afilhados ou sobrinhos, como se aquele
casal fossem os nossos melhores amigos. Porque no fundo sabemos, que toda a
gente que morreu neste desastre era alguma coisa de alguém.
O namorado diz que não
chorou mas eu desconfio que quando virava a cara para beber a coca-cola deixava
cair uma lagrimazinha. Porque no Impossível, o impossível é mesmo não chorar.
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