Dia sem dente e noite sem fada
Chegou finalmente o dia. Hoje, fui arrancar o dente do siso. Lembro-me que em criança vivia uma plena emoção quando um dente caía, arrancava-o mesmo se fosse preciso, sem mariquices. Tudo para receber a visita da fada dos dentes e acordar com dinheiro debaixo da almofada em vez de um dente de leite ensaguentado. Não era uma troca muito justa mas a fada dos dentes lá sabe de si. Desta vez não tenho o dente em minha posse, a fada não me vai deixar dinheiro debaixo da almofada e por enquanto as reações não são as melhores: onde antes não me doía nada, tenho agora um inchaço em potência, pontos e alguma dor. Só posso “comer” líquidos frios, o que faz com que tenha passado o dia todo esfomeada. Se falar ou tentar abrir a boca, então dói mais. Nnguém disse que arrancar um dente era uma volta na montanha russa. Se bem que eu sei de gente que era bem capaz de preferir arrancar um dente que subir-se à montanha russa. Não é o meu caso. Arrancar um dente é estranho. A anestesia na boca,