O teto pelo chão
Para aquelas pessoas que
se queixam de que sempre que lavam o carro chove (olá pai!), aqui fica uma
consolação: ontem limpei a casa e o teto espalhou-se pelo chão.
Tudo começou
com um estrondo repentino a meio da noite, daqueles que nos acordam em
sobressalto. Daqueles mesmo fortes, que nos fazem levantar da cama para ir ver o
que se passa, não obstante os 2 graus centígrados fora dos lençóis. Podia ter sido a caída do secador, do straightner,
do telemóvel, de um anjo, de um fantasma, de um espírito diabólico! Mas não,
foi só um pedaço do teto.
Ah! Então pronto, está
tudo bem... .
Estaria, se tivesse sido
coisa de uma noite, descomprometida e informal. Mas pela manhã continuou a
cair, tranquila e estrondosamente.
Não é o teto em si que
cai, é a pintura do teto. Recém-pintada
após uma infiltração acidental que me inundou a casa no mês passado. Sim, também a tinha limpo no dia em que cheguei e descobri que em vez de um hall e uma sala tinha então uma piscina
interior, onde os sacos de plástico que utilizo para dejetos boiavam
alegremente.
Mas isso é outra estória.
A de hoje cai aos pedaços, brancos e duros. Pedaços esses que ao tocar o chão se
rompem em ainda mais pedaços, também eles brancos e duros. E fica o chão todo
sujo, de pedaços de pintura do teto, brancos e duros!
O senhorio lá veio
resolver o problema. Subiu-se no escadote e arrancou o que estava por cair, voltou a pintar, uma e
outra vez, protegeu a pintura com plástico e limpou o chão. Serviço completo.
Resta a satisfação de não
ter carro em NY.
Porque se tivesse e o
lavasse, não chovia, não, começava logo a nevar!
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