Bday The Musical
Este ano a festa foi no Karaoke. Não é o sitio mais
glamoroso do mundo, mas é um dos mais divertidos. Principalmente quando não se
sabe cantar, como é o meu caso. A primeira vez que joguei ao Sing Star na
playstation, o nível da minha pontuação chamava-se “deficiente de ouvido” e
tinha um ícono que representava um vidro a partir-se. Esmagados, assim, todos os
laivos de esperança de me vir a transformar na próxima Miley Cirus, dediquei-me
a cantar em Karaokes every now and then. Porque no Karaoke quanto pior
cantamos, mais nos divertimos!
O problema é que há profissionais que vão para o Karaoke
treinar. Cantam muito bem, sim senhor, mas não tem graça nenhuma e desmotiva os
demais. Mal nos sentámos, assomou-se ao microfone um fofo para
cantar Nessun Dorma. Perdonaaaa??? Mas quem é que pede para cantar uma ópera
num karaoke com máquinas de fumo, disco balls e chapéus de cowboy no palco? Omessa!
Obviamente o pequeno Pavarotti sabia o que estav a fazer. Cantou e encantou,
deixou-nos boquiabertos. A meia dúzia de
pessoas que por ali havia aplaudiram de pé. O problema? Ninguém ficou com vontade de cantar
depois dele, ou de voltar a cantar alguma vez na vida. Sensações que se dissiparam
com um pouco de Vodka e... de repente já
éramos todas a Gloria Gaynor (o I wil Survie é sempre um clássico imprescindível no Karaoke l) e as Spice Girls. A letra ia muito mais rápido do que os nossos
lábios, as nossas vozes quase não se ouviam e os nossos corpos moviam-se em
descoordenada sintonia. Não sabíamos
como ajustar o microfone. Ou seja, mais perfeito impossível! Seguiram-se outras
canções, cuja nossa performance foi lamentável, talvez até mesmo ofensiva para
os autores das músicas. Ainda assim, recebemos aplausos.Suponho que pelo
espírito e devoção. E também nós, aplaudimos, bailámos e cantámos quando outros
destemidos tentaram cantar, sem sucesso. Adornámo-nos de plumas cor-de-rosa, chapéus e perucas que em nada combinavam com os nossos outfits pipi, e já não nos voltámos a
sentar.
Um dos aniverários mais divertidos e, com certeza, o mais
musical.
Para o ano há mais e melhor!
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