A ovelha azul e grená
Na terça-feira fui ver o jogo da Champions ao Camp Nou: F.C. Barcelona – Ajax.
O campo consideravelmente cheio, um tempinho agradável e
pipocas salgadas.
Cheguei a tempo do hino, que aprendi por repetição, afinal, já
fui a tantos jogos de futebol e de basket que seria impossível não o saber.
Revirei os olhos em ambas as vezes que ecoaram os clamores de independência,
constantando com alegria, que havia muito mais gente dissociadada de ditos
clamores.
Rejubilei com o golo do meu meio conterrâneo Neymar, aos 7
minutos. Depois veio o golo do Messi e
confesso que, apartir daí, o jogo foi um aborrecimento. Os holandeses não
conseguiam sequer passar o meio campo e na segunda parte a vitória da casa já
estava mais que definida, não havia pipocas que restaurassem a emoção da partida.
O guarda-redes blau grana bem podia ter ido buscar o
telemóvel e fazer umas selfies com a bancada dos ultras, que o resultado teria
sido o mesmo.
Foi pois um aperitivo de derby que soube a pouco.
Hoje, a um
dia do Clássico, provavelmente o jogo de futebol mais visto do planeta,
gostava de ir ao campo. E até dispensava as pipocas.
Mas o jogo é em Madrid e mesmo se fosse aqui, eu teria que trabalhar.
Há tantas questões no ar: de quem será a balizado Real?; a
quem é que o Suarez vai morder na sua primeira aparição depois do castigo?;
será que o pequeno James Rodriguez aguenta com o grande Iniesta?; e qual vai ser o melhor entre os melhores -
Messi ou Ronaldo?
Perguntas que terão respostas amanhã, às 18 horas daqui, 5 da
tarde em Portugal.
E se há no mundo uma pessoa portuguesa que amanhã não torce pelo
Cristiano Ronaldo, uma ovelha negra da nação, ou azul e grená neste caso, essa pessoa sou eu.
“Barça, Barça, Baaaarça!”
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