As Marinas
Quando entrei na faculdade conheci uma rapariga que tinha
algumas coisas em comum comigo. Primeiro, também se chamava Marina, ela de
primeiro nome, eu de segundo. Coisa que menciono agora, por motivos excecionais,
mas que depois deste post podemos esquecer por completo. Alexandra Marina não é uma coisa
para ser lembrada.
Adiante, a Marina também tinha pais braileiros, também era mais alta que a maioria das pessoas, ainda mais alta que eu, e também gostava de doces e de chocolate. E também tinha que apanhar o metro e o comboio da linha para se transportar entre casa e a faculdade. Estávamos a fazer o mesmo curso, ambas falávamos italiano e queriamos fazer Erasmus em Siena. Durante os anos de faculdade vimo-nos quase todos os dias, dentro e fora das aulas. Lembro-me de noites de Santo António épicas, de dias de praia deliciosos em São João Do Estoril, de cafés nas Avencas e de lhe oferecer uma almofada...
Adiante, a Marina também tinha pais braileiros, também era mais alta que a maioria das pessoas, ainda mais alta que eu, e também gostava de doces e de chocolate. E também tinha que apanhar o metro e o comboio da linha para se transportar entre casa e a faculdade. Estávamos a fazer o mesmo curso, ambas falávamos italiano e queriamos fazer Erasmus em Siena. Durante os anos de faculdade vimo-nos quase todos os dias, dentro e fora das aulas. Lembro-me de noites de Santo António épicas, de dias de praia deliciosos em São João Do Estoril, de cafés nas Avencas e de lhe oferecer uma almofada...
Até que um dia, nunca mais nos encontrámos.
Acho que a última vez que nos vimos foi mesmo no ano em que
terminámos o curso, há 7 anos atrás. Sabíamos uma da outra, por amigos, pelo
facebook, pelo instagram. Mas não é a mesma coisa.
Não é a mesma coisa que tê-la aqui, em Barcelona, sentada à
minha frente a tomar um chá e a falar da vida. A nossa vida, a vida das pessoas
que conhecemos e as peripécias dos trabalhos em que nos metemos. Falámos tanto,
mas tanto, que pensei que tivessem passado umas 5 horas! E foi tão bom! Porque
é sempre bom viajar no tempo com pessoas que fizeram parte da nossa história e
que nos entendem perfeitamente porque sabem, conhecem e viveram o mesmo que
nós.
Como eu, a Marina também é imigrante em Espanha, mas na Galícia. Como eu, também anda meio aos tropeções com o
português, fala com solavancos de espanhol e segue as notícias sobre a independência da Catalunha.
Melhor que encontrar pessoas que um dia comungaram uma etapa
da vida connosco, é descobrir que depois de tantos anos, continuamos a ter
muitas coisas em comum.
Só fiquei com pena de não termos tirado uma foto, para
carimbar este reencontro na posteridade e mostrar-vos aqui no blog. Mas fica
desde já prometida uma viagem à Corunha para remediar essa gafe!
Enquanto isso não acontece, deixo-vos as Marinas dos tempos
da faculdade:
Comentários
2- Eu nao gosto de chocolate! Quem gosta es tu!!
3 - Tambem gostei mt de te ver!
4- Fico a tua espera aqui na corunha (mas espera que venha o calor!!)
mas foi o melhor que se pode arranjar...
melhores fotos virão!