Uma amiga a menos no gang das solteiras
Na semana passada fui a um casamento secreto. Quer isto
dizer que não podia contar a ninguém quem se casava. Agora já posso, mas também
não interessa nada porque vocês não conhecem.
Foi uma cerimónia simples, apenas com os noivos e as 10
pessoas a quem confiaram o seu segredo. Decorreu pelo civil, numa sala um quanto
tanto austera, grande e cheia de cadeiras vazias, com um palanque de madeira no
meio em jeito de palco. O sistema de som, em vez de ajudar a criar uma
atmosfera romântica deu, literalmente, o berro.
Mas quando a noiva entrou a sala encheu-se de emoção e o
vazio preencheu-se com a sua presença. Estava linda, as noivas estão sempre
lindas, com um vestido branco de última
hora que nem teve tempo de provar mas que lhe assentou como se tivesse estado a
vida toda à espera dela. O buquê a
condizer com os olhos que continham as lágrimas.
Entrou devagar e nervosa, como entram todas as noivas, seja
numa igreja, numa sala da câmara municipal o no Four Seasons do Bosphurus.
Ninguém disse que
não, os noivos disseram que sim e o casório oficializou-se, terminando com um
poema de amor.
Eu que tinha muito bem definidas as minhas 3 prioridades
para me casar,
1. o vestido
2. o bolo
3. a festa
apercebi-me de que afinal nenhuma dessas coisas é
imprescindível num casamento. Por outro lado, o que eu ainda não tinha
considerado mas que faz mesmo falta e é mesmo, mesmo essencial, é arranjar um noivo jeitoso que se queira
casar conosco.
(Mas o vestido vem logo a seguir)!
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