3 - 0
Os ânimos estavam à flor da pele para o último grande jogo
desta temporada no Camp Nou: as meias finais da Champions league onde o F.C.
Barcelona defrontava o Bayern Munich.
O regresso do filho pródigo a casa, mas do outro lado do
banco. Um estádio abarrotado de gente onde já ninguém grita por ele, porque estão
todos encadeados com Messi. Os gritos
deste nome em uníssono e jeito de oração a Deus, arrepiam a alma.
Ontem, uma pessoa entrava no campo e respirava Barça. A
energia intoxicante, a excitação do público, as vibrações dos jogadores, tudo
comungava num fim de tarde de futebol à temperatura ideal.
O azul e o grená enchiam os cânticos dos adeptos, daqui,
dali e de todo o mundo. Uma festa que se fez esperar até abrir o champanhe, com
várias tentativas numa primeira parte de empate. Uma celebração que parecia que
não ia arrancar. Até que arrancou, pelos pés do argentino mais sublime do
planeta. A partir daí foi um bailinho que só parou nos 90, depois do pezinho de
dança do Neymar.
O primeiro golo deixou o campo em êxtase. O segundo
levou-nos à galáxia mais próxima e o terceiro fez das 99.000 pessoas que davam
vida ao estádio, as pessoas mais felizes do mundo naquele preciso instante. Há
coisas que por muitos adjetivos que levem, ficarão sempre em dívida com a
realidade. Ver este Barça –Bayern ao vivo foi uma delas.
A festa estava consumada. O Barcelona está, praticamente, na
final da Champions League.
E nós saltámos,
gritámos e divertimo-nos até ter cãibras nas pernas, laivos de voz rotos e
memórias bem guardadas para um dia mais tarde contar, que vimos de perto o
melhor jogador do mundo, a jogar na melhor equipa do mundo, marcando golos que
estarão ainda por explicar...
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