Bom fim de semana!
Ultimamente, consulto a minha conta bancária online todos os
dias. Sempre na esperança de que a Visa me tenha restituído o dinheiro usado
com o meu cartão roubado, ou de que tenha entrado uma transferência de um
trabalho que fiz há mais de um mês, ou de que a segurança social me tenha
devolvido o dinheiro que me tirou “por engano”.
Este é um exercício deprimente por duas razões: primeiro,
porque todos os dias me deparo com um saldo insuficiente para mandar tudo às ortigas
e ir viajar pelo mundo, ou para comprar ruma casa, ou um carro, ou uma mala
Birkin. Aliás, às vezes também me deparo com um saldo insuficiente descendente,
porque me passaram o recibo do telefone; e, segundo, é deprimente porque todos os dias
verifico que ninguém me ingressou, nem me devolveu, nem me transferiu um único cêntimo.
Até hoje! Esta manhã, ao executar o já rotineiro processo de
consulta deprimente do saldo bancário, deparei-me com um valor mais avultado
que o de ontem. Com os olhos muito arregalados e uma incredulidade a babar dos
lábios fui ver a que se devia. E não é que a senhora segurança social me
devolveu dinheiro?!
Belisco-me para confirmar que não estou a sonhar. A
segurança social era a minha última esperança na lista dos devedores. O meu único contato era o endereço de e-mail
do senhor funcionário que me atendeu, muito simpaticamente, mas que nunca me
respondeu ao e-mail que enviei perguntando se já havia alguma previsão de
devolução, posto que já lá iam quase dois meses desde a minha petição. Era,
pois, uma causa perdida. E afinal, vai-se a ver, e fez a alegria da minha
sexta-feira!
Acho que até lhe vou enviar outro e-mail, a agradecer, porque
já não se fazem funcionários públicos destes que resolvem os problemas das
pessoas.
E vou comprar a lotaria de Verão da Once, que isto pode muito bem ter sido um sinal de Deus.
Se a segurança social me devolveu dinheiro, tudo é possível!
E vou comprar a lotaria de Verão da Once, que isto pode muito bem ter sido um sinal de Deus.
Se a segurança social me devolveu dinheiro, tudo é possível!
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