Eu gosto é do Verão...
O casaco de cabedal fora do cabide. O lenço ao pescoço. Os leggings
a cobrir cada cm de perna e as botas a subir pelos pés acima. Tudo culmina com
o Frenadol em pó e o pacote de lenços na mesa de cabeceira.
É oficial: acabou-se a papa doce.
Entrámos na contagem decrescente para 6 meses de gripes e
apostas em quem consegue arrancar mais olhos com o seu guarda-chuva. Seis meses
de termómetros deprimidos, sem ultrapassar os 20 graus, e cabelos enleados nos cachecóis
e nas golas dos casacos. Seis meses em que ser perde todo o trabalho do Verão,
tantos dias de praia para nada, que o bronze não dura nem sequer para as festas
de Natal e ano novo.
Chegam as noites enquanto ainda é de tarde, embrulhadas no edredom
de penas e nos lençóis de flanela.
Chegam dias inteiros, semanas inteiras, de céu cinzento e
poças de água, em que a televisão e o computador voltam a ser os nossos
melhores amigos.
Em Agosto o mundo para e em Setembro parece que anda para
trás!
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