Sparta
Qualquer pessoa que tenha visto o filme “300” da Warner Bros, sente um
arrepio pela espinha perante a visita eminente a Sparta. Como se fossemos todos
o grande Leonidas e o seu pequeno exército, a lutar contra os invasores com os
seus elefantes e rinocerontes e o gostoso do Rodrigo Santoro, vestido de rei-deus
mauzão, irreconhecível.
Diria que a magia do cinema foi muito bem conseguida com
este filme, que de Sparta tem muito pouco roçando o nadinha de nada (foi
filmado do Canadá).
Confesso, pois, que o meu imaginário se rachou em mil cacos
ao passear pelos destroços da acrópole e do teatro do que um dia haverá sido a
temida Sparta. Nem sequer eram ruínas, eram mesmo destroços, espalhados pelo
chão arenoso. Colunas caídas, pedras esburacadas e nenhum tipo de descrição ou
explicação pelo caminho.
Se não fosse pelas majestosas montanhas no horizonte,
incisivas e imponentes, cuja entrada Leonidas e os 300 defenderam até à morte, aquilo
tanto podia ser Sparta como podia ser São Brás de Alportel.
E a melhor parte é que, segundo fonte local e de acordo com
todas as placas de sinalização, Sparta nem sequer se chama Sparta, chama-se Sparti.
Mas Sparta é, indiscutivelmente, muito mais Hollywood.
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