Os opostos atraem-se
Vi uma foto da Sara Sampaio em frente a um photocall com as marcas
Balmain Paris e H&M.
A Balmain vende vestidos por 2.000€, a H&M por 20€.
Pensei uuuui, a Balmain não deve estar nada contente com esta associação, o
seu logo de haute couture lado a lado com o da simplória H&M.
Quando estudamos comunicação e marketing aprendemos que as
marcas procuram associar-se a outras marcas com o mesmo nível de prestígio. Por exemplo, a Milka com a Oreo ou com as Tuc,
que é a associação mais deliciosa que me vem à cabeça.
Teoricamente, a Balmain embarcar numa colaboração com a
H&M, seria como o Mc Donalds lançar hambúrgueres de um Chef com estrelas Michelin.
Mas a vida tem muito pouco de teoria e a comunicação não é
medicina, portanto aquilo que aprendemos na universidade pode ser desconstruído
que não morre ninguém. E a Balmain e a H&M fizeram-no no que parece ter sido o
maior evento mediático de Nova Yorque esta temporada. Apresentaram uma coleção
de luxo a preços acessíveis, num desfile de moda com todas as fashion celebridades
do momento, com modelos da estripe de Alessandra Ambrósio, com as it girls das
famílias Kardashian e Hadid e com os Back Street Boys. Aqui marcaram outro
ponto. A estas alturas dos anos 2000, quem se lembraria de trazer de volta os
Backstreet Boys? Mas, ao mesmo tempo, quem não gostaria de, de repente, tê-los
em frente a cantar o Backstreet’s Back?
Conquistaram os bloggers e os marcadores de tendências e
venderam todas as prateleiras que puseram à disposição dos seletos convidados.
A publicity para ambas as marcas nas redes sociais e meios
de comunicação foi astronómica.
E o resto dos comuns mortais, como eu, estão ansiosos à espera do dia 5 de Novembro para
correr à H&M mais próxima.
Um grande olé para os pensadores desta estratégia de
comunicação, onde as roupas são o que menos importa.
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