A democracia suicidou-se

Ironias da vida, a democracia escolheu um ditador para liderar a primeira potência mundial. Um ditador que declarou que podia dizer o que quisesse, assassinar um pessoa no meio da rua e ser presidente, porque os seus eleitores eram estúpidos. E eles, estúpidos que efetivamente são, votaram nele mesmo assim. Xenófobo, sexista, racista, machista, fraudulento e com um tupé cor de laranja na cabeça que, sinceramente, com tanto dinheiro não dava para fazer um apanho mais jeitoso oh Donald? A Rússia e a Coreia do Norte, conhecidíssimas pelas suas políticas democráticas e eleições livres com 1 candidato, aplaudiram de pé. As extremas direitas europeias, exímias em expulsar os refugiados sírios e os imigrantes como se fossem melgas incómodas e sanguessugas, parabenizaram e disseram que era bom que Trump tivesse sido elegido. Que era bom... Dito isto, confesso que o medo de que me caia uma bomba nuclear em cima passou a ser o mais pequeno dos meus medos. Tenho medo de 59.505.