A democracia suicidou-se
Ironias da vida, a democracia escolheu um ditador para liderar
a primeira potência mundial.
Um ditador
que declarou que podia dizer o que quisesse, assassinar um pessoa no meio da rua
e ser presidente, porque os seus eleitores eram estúpidos. E eles, estúpidos que efetivamente são,
votaram nele mesmo assim.
Xenófobo, sexista, racista, machista, fraudulento e com um
tupé cor de laranja na cabeça que, sinceramente, com tanto dinheiro não dava
para fazer um apanho mais jeitoso oh Donald?
A Rússia e a Coreia do Norte, conhecidíssimas pelas suas
políticas democráticas e eleições livres com 1 candidato, aplaudiram de
pé. As extremas direitas europeias,
exímias em expulsar os refugiados sírios e os imigrantes como se fossem melgas
incómodas e sanguessugas, parabenizaram e disseram que era bom que Trump
tivesse sido elegido.
Que era bom...
Dito isto, confesso que o medo de que me caia uma bomba
nuclear em cima passou a ser o mais pequeno dos meus medos.
Tenho medo de 59.505.613 pessoas terem votado em alguém que
pretende transformar bairros pacatos em milícias armadas e, muito provavelmente,
inserir a disciplina “ tiro ao muçulmano” no currículo escolar das crianças.
Tenho medo que tantos outros políticos apoiem um senhor que
diz que Nova York precisa do aquecimento global porque neva e faz frio no Inverno.
Tenho medo que tanta gente acredite mesmo que armar a
população, expulsar os imigrantes, invadir todos os países com petróleo,
negligenciar as transformações ambientais, discriminar as mulheres (principalmente se forem feias), associar-se
com regimes déspotas e insultar e agredir como modus operandi faça a América “great
again” e seja “bom” para o resto do mundo.
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