A sorte só bate uma vez
“Alguém tem sorte na vida?”. A pregunta soou como uma pedra
que cai ao mar atirada de um precipício. Ninguém respondeu. Claramente, se
algum dos presentes tivesse sorte na vida não estaria ali. Era uma quarta-feira
no escritório e tínhamos decidido juntar dinheiro para comprar a lotaria de
Natal. Agora faltava a decisão mais importante: quem seria o encarregado de
escolher os números e comprar os talões?
Há falta de alguém com sorte na vida, fui eleita por unanimidade
e na hora de almoço tratei do encargo. Comprei dois números: um com 7 e 9, que
eram os número preferidos pela maioria e outro com a terminação que o nosso “business
inteligence” analisou que era a mais provável de sair. Acreditem ou não,
ganhámos 900€ com o número dos 7 e 9. Dividido por todos o prémio ficou numa
quantia bastante modesta, mas podemos dizer que duplicámos o nosso investimento
pessoal. Tanto, que decidimos voltar a investir na lotaria dos Reis. Desta vez
não houve análise e o número que mais gostávamos já não tinha talões
suficientes. Acabámos por escolher outro assim à pressa e só porque sim. Toda a
gente sabe que isso não funciona. Para ganhar a lotaria tem que ser aquele
número em que batemos o olho e dizemos este é que é. Não pode ser uma segunda
opção sem feeling.
Efetivamente, na lotaria de Reis ganhámos precisamente 0€ cada
um. Foi triste.
E lá teremos que
continuar a ver-nos no escritório de segunda à sexta, das 10.00 as 19.00h.
Bom ano a todos!
Comentários